Estudo aponta que alguns jogadores transferem elementos de games à realidade

9/24/2011 04:42:00 PMIgor N. Oliveira

Uma pesquisa da Universidade de Nottingham Trent em parceria com a Universidade de Estocolmo, e que será publicada em breve no International Journal of Cyber Behaviour,Psychology and Learning (Jornal Internacional de Comportamento, Psicologia e Aprendizado Eletrônicos, em tradução livre), afirma que o cérebro de alguns jogadores hardcore está tendo dificuldade em distinguir o mundo real do virtual.

Estudo aponta que alguns jogadores transferem elementos de games à realidade (Foto: Reprodução)Estudo aponta que alguns jogadores transferem elementos de games à realidade (Foto: Reprodução)

A pesquisa estudou 42 jogadores, com idades entre 15 e 21 anos, amostra que inclui alguns dos casos mais extremos do que é chamado de “Fenômeno de Transferência de Jogo”. Este fenômeno tem como sintomas, por exemplo, enxergar menus com opções de resposta durante uma conversa com alguém, barras de energia sobre a cabeça das pessoas e tentar procurar itens relacionados a jogos que os ajudariam a resolver problemas do dia-a-dia. Além disso, alguns apresentam experiências dissociativas, como apertar os botões de um controle imaginário para realizar movimentos como correr ou pular.

Descobriu-se que o fenômeno pode acontecer intencional ou involuntariamente, em momentos que os jogadores associam momentos da vida real com eventos dos jogos. Esta associação pode ser provocada por pensamentos, sensações, reflexos e até ilusões de ótica. Alguns são capazes de diferenciar o real do virtual, mas acabam fazendo pequenas associações automáticas e se vêem em situações bizarras e confusas. Os pesquisadores dizem que “uma tendência recorrente sugere que sessões intensas de jogo podem levar a consequências psicológicas, emocionais ou comportamentais negativas, com enormes implicações para desenvolvedores de software, pais, políticos e profissionais de saúde mental.” Vale lembrar que não foram divulgadas informações sobre predisposição de jovens ao fenômeno, e que a amostra é composta somente por jogadores que já o apresentam, e não da população em geral.

“O estudo do FTJ, apesar de ser baseado em um pequeno número de jogadores, demonstrou que jogar videogames intensamente pode ser associado com a provocação de pensamentos automáticos”, diz Angelica Ortiz de Gortari, uma das autoras da pesquisa. Vamos torcer para que o estudo ganhe uma versão em português. Fiquem ligados, e joguem com moderação.

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