Rio - A rede de fast-food McDonald's defendeu a presença de Ronald McDonald após as críticas de profissionais da saúde e associações de defesa do consumidor americanos pedirem o fim do personagem. O diretor-presidente da companhia, Kim Skinner, afirmou em assembleia na quinta-feira que Ronald é um embaixador da rede e do bem, e não tem a função de divulgar alimentos nocivos às crianças. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Wall Street Journal.

Os acionistas da rede votaram, em sua maioria, contra uma proposta que obrigaria o McDonald's a divulgar os impactos financeiros de defender alimentos voltados para o público infantil. Ao mesmo tempo, clientes e consultores de imagem questionam a eficácia de Ronald, dizendo que o personagem não se modernizou junto com empresa, embora seja a quarta figura mais conhecida nos Estados Unidos, segundo pesquisa da The Marketing Arm.

Na última quarta-feira, centenas de médicos e profissionais da saúde publicaram uma carta aberta com o intuito de proibir que o McDonald's continue focando suas campanhas de publicidade em crianças e também para que aposente o personagem Ronald. A carta faz parte de uma campanha conduzida pela organização sem fins lucrativos Corporação de Responsabilidade Internacional (Corporate Accountability International), conhecida por sua luta para que a marca de cigarros Camel deixe de usar seu mascote, o simpático camelo Joe.