A venda de ingressos para a torcida do Coritiba para o clássico de domingo (24), contra o Atlético-PR, foi marcada por confrontos entre os próprios torcedores e a polícia. Algumas pessoas estavam acampadas há dois dias em frente ao estádio para garantir uma entrada para a partida que pode dar o título paranaense ao Coritiba.

Havia 2.000 ingressos destinados apenas aos sócios do Coritiba. O clube distribuiu senhas para que os torcedores adquirissem as entradas de maneira ordenada, mas o número de pessoas que aguardavam na fila era maior do que a carga de ingressos disponíveis, o que gerou o tumulto. O auxiliar de contabilidade Alan Carvalho, de 18 anos, contou que houve demora para que a fila começasse a ser estruturada. “Quando abriram os portões eles foram liberando de 10 em 10, ou até menos. Foi muito ruim”, explicou.

O tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Sussumu Ota informou que a PM foi acionada para acalmar a população. “Solicitamos à direção do clube que antecipasse a venda e o Coritiba nos atendeu”, informou Ota. Segundo o tenente, a PM agiu apenas para controlar os torcedores exaltados e não foi utilizado armamento nenhum.

Logo após os incidentes, cambistas negociavam ingressos por até R$ 400 na porta do estádio. A assessoria de comunicação do Coritiba informou que a confusão foi generalizada e a única medida possível no momento foi tentar acomodar o máximo de pessoas possível dentro do estadio para garantir a venda dos ingressos. O Coritiba negou que tenha havido excesso de violência por parte dos seguranças do clube.