França e Itália enviarão 'conselheiros' militares para a Líbia
4/20/2011 05:01:00 PMRichard Caique de OliveiraOs governos de França e Itália anunciaram nesta quarta-feira que vão enviar militares para a Líbia, unindo-se à Grã-Bretanha, que fez anúncio similar na véspera. O grupo francês terá a missão de "organizar a proteção da população civil" em meio aos confrontos entre rebeldes e forças leais ao líder Muamar Kadafi, enquanto os italianos oferecerão treinamento militar à oposição.
Segundo o porta-voz do governo francês, François Baroin, será enviado para Benghazi um "pequeno número" de oficiais de ligação, como são chamados funcionários que atuam para melhorar a comunicação e a coordenação entre duas organizações.
No caso, esse grupo de militares fará uma ponte entre os rebeldes líbios e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que há cerca de um mês mantém uma ofensiva contra Kadafi. "Alguns oficiais de ligação estarão do lado do Conselho Nacional de Transição Interino (grupo formado pelos rebeldes) para tentar organizar a proteção dos civis", afirmou Baroin.
A França disse que não enviará tropas de combate para a Líbia, mas sugeriu que a medida seja estudada pela Organização das Nações Unidas (ONU). "É uma questão real que merece a reflexão internacional", afirmou o ministro francês da Defesa, Gerard Longuet.
O ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, afirmou que dez instrutores militares irão treinar os rebeldes, mas não deu detalhes sobre a missão. La Russa também reforçou que a Itália não participará dos combates em terra.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse que um grupo de no máximo 20 militares britânicos será enviado a Benghazi, principal reduto dos rebeldes na Líbia, mas não participará de nenhum tipo de combate. Hague também reforçou que a Grã-Bretanha não fornecerá armas aos combatentes líbios.

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