Central de Tratamento de Resíduos de Seropédica começa a operar
4/20/2011 05:09:00 PMRichard Caique de OliveiraBiogás
Composto por cerca de 50% de metano, o biogás é um dos principais poluentes gerados pela decomposição do lixo, colaborando com o efeito estufa. Na CTR, esse passivo será transformado em ativo econômico. O biogás pode ser levado a uma usina de geração de energia ou ser tratado e purificado para ganhar propriedades semelhantes às do gás natural, para comercialização.
Para a geração de energia, o gás captado no aterro é levado para seis rotogeradores com capacidade de absorver dois mil metros cúbicos do gás por hora. Como o biogás é altamente inflamável, ele é usado como combustível para os equipamentos, que gerarão energia. O aproveitamento bioenergético previsto para ser desenvolvido na CTR terá capacidade de gerar 30 MW de energia quando o empreendimento estiver em pleno funcionamento, o que corresponde à iluminação de uma cidade de 200 mil habitantes.
O biogás que não for aproveitado na geração de energia ou no processamento será transformado em CO2 através da incineração em flares. O processo está dentro das especificações previstas em lei. Como o metano é 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico, o processo gera uma redução significativa de emissões de gases do efeito estufa.
Do chorume à água de reuso
O tratamento do chorume, um dos principais passivos da má gestão de resíduos, também ganha tecnologia inovadora com a implantação da CTR.
O fim do problema, que é histórico no entorno da Baía de Guanabara, será dado através da Estação de Tratamento de Chorume (ETC), que transforma o líquido tóxico em água de reúso. Ao todo, quando estiver em pleno funcionamento, dois mil metros cúbicos do efluente serão tratados por dia.
Depois de tratado, o líquido clarificado se torna um produto: a água de reúso, que pode ser usada de diversas formas pela empresa ou até como água de serviço em processos industriais. Já o concentrado obtido nas etapas de filtração passa por um processo de oxidação avançada.
Todo o lodo tratado, após a desidratação, retorna para o aterro como resíduo sólido.
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