F1 2010 dividiu os jogadores sérios por simulação automobilística em dois grupos, os que o amaram e os que o odiaram. Muitos esperavam mais da Codemasters, que é hoje uma das melhores empresas do mercado, senão a melhor, a fazer excelentes jogos de corrida.

As principais falhas da versão 2010 que merecem destaque ficam por conta do controle do carro, semelhança entre os carros das equipes e pouca diferença do comportamento do carro com a pista molhada ou seca.
A principal novidade e com certeza a melhor de todas elas foi a melhoria na jogabilidade. Na versão 2010, virar o carro não reagia de forma tão rápida, a ponto de complicar muito nas ultrapassagens velozes. Agora o carro reage muito bem, a sensibilidade aumentou bastante, fazendo com que as chances de erro logicamente aumentem, porém aumentam muito as chances de se consertar um erro de pilotagem, dando a sensação de maior controle do carro.
Por ser a temporada de 2011, pode-se contar com o circuito da India do Gran Prix de Airtel no lugar do Gran Prix do Bahrain no Sahkir. Além da utilização das novas tecnologias como o KERS e a Asa Móvel no aerofólio traseiro.

É visível a diferença entre os quatro motores disponíveis entre as 13 equipes do campeonato 2011, a agressividade da Mercedes nas equipes McLaren ou na própria Mercedes é bem diferente do motor Renault utilizado na Red Bull ou Lotus Renault. O motor Cosworth realmente vem em quarto com uma performance mais suave, fazendo o motor Ferrari ser o segundo mais forte, um meio termo entre Mercedes e Renault.
Mas não é só de motor que um carro de Fórmula 1 vive, a aerodinâmica e o chassi completam o que vem a ser o carro escolhido, ou seja, se a Red Bull tem um dos motores com características diferenciadas da Mercedes e Ferrari, que faz dela uma vitoriosa? O resto, um excelente chassi somado a uma obra de arte aerodinâmica. E onde entra isso no jogo F1 2011? Com a Red Bull, uma simples corrida faz o carro se manter uniforme quanto a gasto de pneu, diferentemente de uma McLaren, onde o gasto é maior, porém em uma reta a vantagem é visível em cima de qualquer outra equipe que não utiliza o motor Mercedes.
Essas diferenças entre equipes foram corrigidas no F1 2011, diferentemente do F1 2010 onde uma Sauber ou Force India chegavam a ser superiores a Red Bull por exemplo.

Visualmente os dois títulos são muito semelhantes, não tendo diferenças visuais muito gritantes entre um e outro. As pistas continuam lindas, bem detalhadas, os carros igualmente bonitos com alguns efeitos de reflexo melhorados e até um pouco exagerados. A chuva está bem semelhante à versão anterior, porém um pouco mais dramática, com a tela borrando mais e deixando a visibilidade bem comprometida. O que ajuda bem nessas horas é a nova linha de trajetória da pista que agora é em 3D, flutuando um pouco acima da pista e nos momentos de breque além de se destacar nas cores amarela ou vermelha, ela faz uma linha vertical. Na chuva esse efeito ajuda e muito, pois se destaca em meio ao complicado momento drástico de pouca visibilidade. As câmeras foram aprimoradas, dando destaque a visão interna do cockpit onde a visibilidade era ruim por parecer muito baixo na versão 2010 e ficando melhor na versão 2011.
F1 2011 pode ser o grande pedido de desculpas da Codemasters pela versão anterior. Excelente inteligência dos pilotos, evolução grande na jogabilidade, uma física bem mais aprimorada, os carros estão mais sinceros podendo ver claramente as diferenças entre motores e chassis. Para melhorar, a versão brasileira contará com legendas e narração em português.